Durante esta Unidade de Trabalho procurei novas abordagens relacionadas com a animação da imagem no contexto de ensino da Educação Visual. Se na unidade anterior considerei importante que os alunos estabelecessem um contacto com esta temática na sua vertente mais genuína, desprovida de quaisquer tecnologias complexas, para desta forma interpretarem a essência e a simplicidade da animação da imagem, neste projeto considerei importante ir um pouco mais além, inserindo alguns recursos que, mesmo acessíveis a praticamente qualquer pessoa, permitissem um projeto mais elaborado, que transmitisse outros conhecimentos aos alunos e que, ao mesmo tempo, aumentasse o nível de exigência no que se refere à concentração e organização da turma. Assim, lecionei duas Unidades de Trabalho que não só estavam relacionadas entre si, como também se complementavam: “Cenário de um Stop Motion” e “Criação de um Stop Motion”. Com a primeira destas unidades pretendia-se a criação de um cenário que serviria de suporte para a elaboração do filme a desenvolver na segunda unidade. De forma não só a reconhecer e valorizar o património edificado da cidade de Estarreja, mas também tendo por base o desenvolvimento da capacidade de observação e de análise visual dos alunos envolvidos, a Unidade de Trabalho “Cenário de um Stop Motion” baseou-se na reinterpretação, por parte dos alunos, de um conjunto de edifícios históricos do centro desta cidade. A planificação previa que fosse efetuado o contorno de cada um desses edifícios, cumprindo uma escala de 1:50. Além desse contorno, os alunos deveriam reproduzir, com o máximo de pormenor, um a dois elementos representativos do edifício, tais como uma porta ou uma varanda. Numa fase posterior, e já em sala de aula, os alunos deveriam introduzir um elemento imaginário, que poderia ser igualmente uma porta ou uma varanda, mas que na realidade era algo que não existia e que partiria exclusivamente da criatividade pessoal do aluno.